Salão Verde detalha os critérios do Ibama para o licenciamento ambiental dos parques eólicos. O órgão será o licenciador da futura exploração da energia gerada pelos ventos em alto-mar (offshore) e já atua em casos específicos dos parques eólicos instalados em terra-firme (onshore). Os ruídos e sombreamentos dos aerogeradores e a supressão de áreas de interesse socioambiental estão entre os principais impactos. O quadro GeoLógicas mostra que – desde a instalação do primeiro aerogerador, em 1992, no arquipélago de Fernando de Noronha – o Brasil elevou a energia eólica à terceira maior fonte de sua atual matriz elétrica, com cerca de mil parques eólicos em 12 estados, principalmente das regiões Nordeste e Sul. Já existem cerca de 100 projetos offshore aguardando a superação de polêmicas em torno da regulação das eólicas em alto-mar (PL 11.247/18 e outros), analisada na Câmara dos Deputados. Especialistas também cobram o planejamento do espaço marinho, presente na proposta de Lei do Mar (PL 6969/13) e fundamental para disciplinar as múltiplas atividades em curso no litoral brasileiro.

Pontos de vista nesta edição: Edmilson Maturana, coordenador geral de licenciamento ambiental do IBAMA; Breno Bispo, engenheiro ambiental e coordenador substituto de licenciamento ambiental do IBAMA; Ana Paula Prates, doutora em ecologia marinha e diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente; Adryane Gorayeb, articuladora do Observatório da Energia Eólica e coordenadora do Laboratório de Geoprocessamento e Cartografia Social da Universidade Federal do Ceará (UFCE); Carine Santos Silva, dirigente da Articulação Povos de Luta; e deputados Talíria Petrone (Psol-RJ) e Danilo Forte (União-CE).

Produção – Lucélia Cristina
Edição e apresentação – José Carlos Oliveira