Salão Verde traz a mobilização do sertão do Cariri pelo reconhecimento da Chapada do Araripe – entre Ceará, Pernambuco e Piauí – como patrimônio da humanidade. A região de Caatinga, Cerrado e resquícios de Mata Atlântica abrigou uma das primeiras florestas nacionais (Flona) em 1946 e se tornou o primeiro Geoparque da Unesco nas Américas em 2006. Agora, 129 instituições articulam uma nova candidatura com base na combinação de atributos naturais e culturais. O dossiê técnico-científico está em análise no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para posterior envio oficial à Unesco, órgão da ONU para educação, ciência e cultura. O mote da campanha é “patrimônio DÁ humanidade” para realçar culturas, biomas e tesouros paleontológicos, arqueológicos, geológicos e paisagísticos que moldaram a Chapada do Araripe. A região também é berço de ícones nordestinos, como Padre Cícero, Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré. Em debate na Câmara dos Deputados, órgãos do governo federal manifestaram apoio à inclusão do 24° sítio brasileiro na lista de patrimônios naturais e culturais da humanidade. Foto (SESC-CE)

Pontos de vista nesta edição: Alemberg Quindins, presidente da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri; Eduardo Guimarães, diretor executivo do Geopark Araripe; Carlos Kleber de Oliveira, reitor da Universidade Regional do Cariri (URCA); Andrey Schlee, diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); Sônia Regina Florêncio, técnica do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM); Jéssica Ohara, coordenadora de patrimônio cultural e memória da Secretaria Estadual de Cultura do Ceará; Henrique Javi, diretor do SESC-Ceará; Fabiano Piuba, secretário de leitura do Ministério da Cultura; e deputados Luiz Gastão (PSD-CE) e Romero Rodrigues (Podemos-PB).

Produção – Lucélia Cristina e Cristiane Baker
Edição e apresentação – José Carlos Oliveira