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Bolsonaro escala filho para enfrentar a base de Lula na CPMI dos Atos Extremistas
21/04/2023 22:20 em Notícias Nacionais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em campo e escalou o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para ocupar uma das três cadeiras que caberão à bancada do partido na Câmara em uma eventual CPMI dos Atos Extremistas.

Eduardo venceu a resistência de caciques do partido que apostavam em Nikolas Ferreira (PL-MG) para a terceira vaga, ao lado do deputado André Fernandes (PL-CE), que será indicado à presidência da Comissão, e do ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O filho do ex-presidente chegou a ter o pedido negado pelo líder do partido na Câmara, Altineu Côrtes. A alta cúpula do partido avaliava que Eduardo Bolsonaro seria “vidraça” para os governistas que tentarão associar os atos do dia 8 de janeiro ao bolsonarismo. Entretanto, diante de um telefonema feito diretamente pelo ex-presidente, Altineu e o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, aceitaram que o deputado integre o grupo.

Caberá a Eduardo bater na tecla de que os valores da família não podem ser confundidos com os dos manifestantes extremistas que invadiram as sedes dos Três Poderes na ocasião. Parlamentares de oposição irão creditar os atos de vandalismo à suposta conivência dos governistas e citarão o caso do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, desligado do posto após a veiculação de imagens que o mostraram dialogando com extremistas durante a invasão.

Senadores escolhidos

O PL também definiu os nomes dos dois senadores que vão compor o grupo na CPMI: Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES) foram designados para a função. Os dois são vistos como nomes capazes de agir tecnicamente e serem contundentes em manifestações em plenário.

O requerimento que pede a instauração da CPMI ganhou 26 assinaturas após a divulgação das imagens que mostram a movimentação de Dias no Palácio do Planalto no dia dos ataques. O requerimento conta, no total, com 218 assinaturas de deputados e de 37 senadores.

Formação

Na disputa pelo controle da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, formada por deputados e senadores, o governo prevê um cenário confortável entre os indicados no Senado. O prognóstico entre os integrantes da Câmara, contudo, ainda é incerto.

A avaliação é que 11 senadores próximos ao Palácio do Planalto sejam escolhidos como integrantes titulares da comissão. Já em relação aos deputados, a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não tem noção exata sobre o panorama. As indicações terão que ser negociadas com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), cujo partido faz parte do maior bloco da Câmara.

A CPMI deve ser instalada na próxima quarta-feira. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve ler o requerimento de abertura da comissão e, depois disso, os líderes partidários irão indicar os membros. São 15 senadores e 15 deputados no colegiado. Além disso, um deputado e um senador participam em sistema de rodízio.

Ter a maioria da comissão é importante para eleger o relator e o presidente, facilitando o controle dos rumos dos trabalhos. Em 2021, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro não conseguiu conter a CPI da Covid e viu senadores de oposição nos postos-chave.

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que eram da cúpula da CPI da Covid, devem também participar da CPI mista sobre os atos. Outros integrantes da CPI passada, como Otto Alencar (PSD-BA) e Humberto Costa (PT-PE), são cogitados entre os membros.

No Senado, os dois blocos que apoiaram a reeleição de Pacheco neste ano já escantearam a oposição na presidência das comissões. Juntos, o bloco com PT, PSD e PSB, e o outro, com MDB, União Brasil, PDT, Podemos e PSDB, terão direito a 11 integrantes. Já os partidos mais identificados com o bolsonarismo poderão indicar cinco.

Já na Câmara, o bloco liderado por Lira terá direito a quatro cadeiras na CPMI. O grupo de aliados do presidente da Câmara mistura partidos do Centrão, com alguns integrantes distantes do governo, com legendas governistas. Outro bloco, do qual fazem parte MDB, Republicanos, PSD e Podemos, indicará mais três deputados.

Link da Noticia https://www.osul.com.br/bolsonaro-escala-filho-para-enfrentar-a-base-de-lula-na-cpmi-dos-atos-extremistas/#:~:text=O%20ex%2Dpresidente,mais%20tr%C3%AAs%20deputados.

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