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Taxa de desmatamento na Amazônia cai 22%
09/11/2023 17:46 em Notícias Nacionais

A área desmatada na Amazônia foi de 9 mil km² entre agosto de 2022 e julho deste ano. A área, de acordo com números oficiais do governo federal divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é o equivalente ao tamanho da República de Chipre, no Mediterrâneo.

Quando comparado ao último levantamento do Inpe, houve uma queda de 22,3% do total da área desmatada entre as duas temporadas. Na edição anterior, esse número foi de 11.594 km², entre agosto de 2021 e julho de 2022.

Os números são do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais preciso para medir as taxas anuais. Ele é diferente do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que mostra os alertas mensais, e que já sinalizava quedas na devastação nos últimos meses.

Com essa redução de 2.593 km², a taxa divulgada este ano é a menor para uma temporada do Prodes desde 2019.

“Esse resultado é fruto do trabalho de todos nós”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

“É um trabalho que já tínhamos um know-how da nossa gestão anterior. Agora atualizamos e estamos vendo esses resultados”, acrescentou.

Nos últimos 20 anos, o índice do Prodes atingiu sua marca mais alta em 2004, quando 27,7 mil km² foram desmatados.

Porém, depois disso, quando levado em consideração o período seguinte, houve uma queda constante nesses números. E assim a temporada com menor desmatamento na Amazônia em toda a série histórica do Prodes foi em 2012, com 4,5 mil km².

Durante o governo Bolsonaro, de agosto a dezembro de 2022, houve um aumento de 54%, seguido por uma queda de 42% de janeiro a julho de 2023, no início do governo atual.

“O discurso do presidente, de proteção à floresta, se traduziu em número e virou entrega concreta. É um resultado expressivo e que sela a volta do Brasil à agenda de clima”, comemora Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.

Fumaça na Amazônia
Apesar da queda na taxa oficial, há meses o bioma amazônico sofre com os efeitos do desmatamento ilegal e da seca histórica que atinge a região. Por causa disso, desde setembro o estado do Amazonas está em estado de emergência ambiental. Segundo o Inpe, em outubro, o estado registrou 3,9 mil focos de queimadas durante todo o mês, a pior taxa dos últimos 25 anos.

Geralmente, setembro é o mês em que a seca é mais sentida na Bacia Amazônica. No entanto, neste ano, a situação está atípica, de acordo com os meteorologistas. Isso porque o clima seco tem relação com o El Niño (que é o aquecimento do oceano Pacífico) e a distribuição de calor do oceano Atlântico Norte.

Nesta terça-feira (9), o Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça Federal em busca de explicações do Governo do Amazonas sobre suas ações contra as queimadas e pediu documentos que demonstrem as medidas adotadas pelo estado desde 2019, incluindo as que abrangem o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Amazonas (PPCDQ 2020-2022).

A instituição questiona a eficácia dessas ações, alegando falta de evidências, e destaca o aumento de internações de crianças por problemas respiratórios nas áreas afetadas pela fumaça, citando um estudo da Fiocruz.

Fonte: O SUL

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