Salão Verde detalha a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que acaba de ser criada por lei (14.944/24) para dar um basta na onda de incêndios florestais descontrolados ou criminosos nos biomas brasileiros. De janeiro a julho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou mais de 24 mil focos de fogo na Amazônia, 20 mil no Cerrado e 4.700 no Pantanal. A nova lei surgiu de debates na Câmara dos Deputados entre brigadistas, gestores públicos e cientistas especializados em ecologia do fogo. Queimadas para desmatamento? Nem pensar! É crime ambiental. São previstas hipóteses de “queima prescrita” e “queima controlada”, devidamente planejadas e monitoradas em áreas predeterminadas e com fins específicos, como nos casos de aceiros e uso do fogo por povos tradicionais. A lei é fundamental para União, estados, municípios e sociedade civil estabelecerem redes de prevenção dos danos que as atuais queimadas provocam na biodiversidade e na saúde humana. Foto: manejo do fogo por brigadistas (Ibama)

Pontos de vista nesta edição: Professora Rosa Neide, ex-deputada e relatora da proposta que deu origem à lei; Marina Silva, ministra do Meio Ambiente; André Lima, secretário nacional de controle do desmatamento; Rodrigo Agostinho, presidente do IBAMA; Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul; e Maria do Socorro Lima, da Rede Cerrado. Cientistas: Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa da Amazônia (IPAM); Mercedes Bustamante, Geobotânica/UnB; Dalva da Silva Matos, Biologia/UFSCar; Sonaira da Silva, Ciências Ambientais/UFAC; Isabel Schmidt, Ecologia/UnB; Bráulio Dias, Biologia e Zoologia/UnB. Deputados: Nilto Tatto (PT-SP) e Eli Borges (PL-TO).

Produção – Lucélia Cristina e Cristiane Baker
Participação – Antônio Vital
Edição e apresentação – José Carlos Oliveira