A tecnologia é uma aliada no combate aos efeitos das mudanças climáticas no campo, bem como no desenvolvimento de uma produção mais sustentável e com menos impacto ambiental. Nesta edição do Papo de Futuro, o pesquisador Stanley Oliveira, da Embrapa Agricultura Digital, explica como novas ferramentas, inclusive com uso de inteligência artificial, estão consolidando práticas mais sustentáveis no campo, para pequenos, médios e grandes produtores.

As pesquisas desenvolvidas pela Embrapa serão levadas a Belém (PA), para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Em uma área dentro da Embrapa Amazônia Oriental, na capital paraense, a empresa pública de pesquisa montou a AgriZone como uma vitrine de tecnologias voltadas à agricultura sustentável e ao combate à fome no contexto da mudança do clima. Ao todo, 32 tecnologias serão lançadas no evento, além de novos cultivares, como milho, mandioca e feijão.

“As tecnologias que a Embrapa tem desenvolvido nos últimos anos são tecnologias com propósito, ou seja, elas atendem a uma dor de um produtor, elas atendem à necessidade do produtor. E aí a gente entende que, se essa tecnologia tem chances de sucesso, ela pode ser socializada para atender pequenos, médios e grandes. Então, a gente precisa reduzir essa desigualdade no campo,” explicou Stanley.

Uma das ferramentas desenvolvidas pela Embrapa pode ser usada com o uso de um celular conectado à internet, para que o produtor, em um contexto de mudanças do clima, possa se organizar para o melhor momento do plantio.

“Durante o ano, 12 meses, a cada 10 dias nós temos uma previsão. São 36 previsões ao longo do ano para todos os municípios do Brasil, para todas as cultivares cadastradas no Ministério da Agricultura. Tudo o que o produtor precisa é ter acesso a um celular e aí ele tem todo esse planejamento na palma da mão, sem custo. Toda essa orientação das janelas de plantio para minimizar os riscos e garantir uma lucratividade maior para o produtor. Com isso, nós reduzimos, por exemplo, os impactos ambientais, nós podemos produzir mais sem ter que estar derrubando árvore. É um avanço científico e mostra um agricultura movida a ciência,” disse.

Outra tecnologia citada pelo pesquisador Stanley Oliveira permite o monitoramento da produção sob o ponto de vista da sustentabilidade, de forma a garantir mercados exportadores como China, Japão e Estados Unidos.

Você ainda pode enviar a sua sugestão de tema, crítica ou sugestão para o WhatsApp da Rádio Câmara (61) 99978-9080 ou para o e-mail papodefuturo@camara.leg.br.

Comentário – Stanley Oliveira

Apresentação – Ana Raquel Macedo