Samba da Minha Terra sobe a Ladeira do Curuzu, ajusta o passo no ritmo do samba-afro e se veste de preto, amarelo, vermelho e branco para celebrar os 50 anos do Ilê Aiyê, criado em 1° de novembro de 1974 no Bairro da Liberdade, em Salvador. Um dos fundadores, Vivaldo Benvindo dos Santos, “Seu Vivaldo do Ilê”, conduz o “papo de samba” para resgatar o contexto de nascimento do Ilê – em meio ao Movimento Black Power e à independência de vários países africanos –, os primeiros desfiles sob escolta policial, a luta antirracista, a revolução cultural de valorização da negritude, o reconhecimento de astros da MPB, a transformação em patrimônio cultural da Bahia e os projetos sociais que ajudam a formar foliões e cidadãos. “O mais belo dos belos”, como Ilê Aiyê é conhecido, foi o pioneiro dos blocos afros da Bahia, abrindo portas por onde entraram Olodum e Malê Debalê, em 1979; Araketu, em 1980; Muzenza, em 1981; Banda Didá, só de mulheres, e Cortejo Afro, na década de 90. Foto: desfile do Ilê Aiyê no Campo Grande, em 2024 (Alfredo Filho/Prefeitura de Salvador)
MÚSICAS
O mais belo dos belos (Guiguio e Valter Farias), com Ilê Aiyê
Negrume da noite (Augusto Daltro e Paulinho de Oliveira Filho), com Ilê Aiyê
Deusa do ébano (Geraldo do Rosário), com Ilê Aiyê
Canto da cor (Moisés e Simão), com Ilê Aiyê
Que bloco é esse? (Paulinho Camafeu), com Ilê Aiyê
Depois que o Ilê passar (Miltão), com Ilê Aiyê
Um canto de afoxé para o Bloco do Ilê (Caetano Veloso e Moreno Veloso), com Caetano Veloso e filhos
Ilê de luz (Suka e Carlos Lima), com Caetano Veloso
Barabare (Carlinhos Brown), idem
Ilê, pérola negra (Guiguio), com Daniela Mercury
Que bloco é esse?(Paulinho Camafeu), com Gilberto Gil e Ivete Sangalo
A força do Ilê (Jorge Garcia e Marquinhos Marques), com Ilê Aiyê
Heranças bantos (Paulo Cézar Santos e Maria Cecília Cruz), com Ilê Aiyê
Civilização do Congo (Ademário das Neves Silva), com Ilê Aiyê
Badauê (Paulinho Camafeu), com Ilê Aiyê
Sonoplastia – Indalécio Wanderley
Apresentação e pesquisa – José Carlos Oliveira