Salão Verde traz o universo carnavalesco a serviço da conscientização socioambiental. Desde as velhas guardas até os sambistas atuais, vamos viajar por abordagens contemplativas da natureza que se transformaram em gradativos alertas sobre os impactos negativos das ações humanas sobre os bens naturais. O recente caos climático reforça o uso da arte como instrumento de mobilização. Chico Mendes, Bruno Pereira e Dom Phillips, assassinados em plena defesa de causas socioambientais, estão entre as figuras emblemáticas homenageadas no carnaval.

Pontos de vista nesta edição: variados compositores de escolas de samba; Flávio Lopes, ex-presidente da Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb); e Renato Sorriso, gari ícone de irreverência e conscientização no carnaval carioca.

Trechos de músicas: “Amor à natureza” (Paulinho da Viola); “A natureza”, Manacea; “O poeta e a natureza” (Osório Lima e Mano Décio da Viola), com Velha Guarda do Império Serrano; “Cântico à natureza” (Nelson Sargento e Jamelão), com Jamelão; “Ratos e urubus, larguem a minha fantasia” (Betinho, Glyvaldo, Osmar e Zé Maria), com Beija-Flor 1989; “O povo está abusando: o aquecimento global vem aí” (Didi, Paulinho Miranda e Turko), com X-9 Paulistana 2008; “Hutukara” (Pedrinho da Flor e outros), com Salgueiro 2024; “Chico Mendes, o arauto da natureza” (João Banana, Jorge Paulo, Serjão e Tuca), com Lins Imperial 1991; “Xingu, o clamor que vem da floresta” (Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge e Moisés Santiago), com Imperatriz 2017; e “Reino encantado da mãe natureza contra o reino do mal” (Bala, Cuíca e Luís Marinheiro ), com Salgueiro 1979.

Produção – Lucélia Cristina e Cristiane Baker
Edição e apresentação – José Carlos Oliveira