Publicado em 14/03/2025 por Administrador
Março, Mês da Mulher em Kalimba. Prioridade total para os talentos femininos da música da África.
Na história da música da África, centenas de artistas, para exercer sua profissão e mostrar seu talento, têm ou tiveram que deixar sua terra natal e se exilar em outros países. A cantora etíope Bitsat Seyoum é uma delas. Aos 18 anos gravou um álbum, que saiu em 1986 no singelo formato fita cassette. Mais tarde ela abriu uma casa noturna em Adis Abeba com o seu nome, Bitsat, onde ela cantava e recebia artistas famosos da Etiópia, como Mulatu Astatqe e Tilahun Gessesse.
Foram vinte anos de atividade na noite, até o dia em que os conflitos políticos da Etiópia começaram a comprometer a segurança de Bitsat Seyoum. Ela se viu pressionada a sair do seu país, como já havia acontecido com outros artistas etíopes no passado. Em 2007 ela recebeu um convite para cantar numa festa da comunidade etíope da Austrália. Gostou da experiência e foi morar em Melbourne com sua família.
Na Austrália, ela teve que se dividir entre dois talentos: a música e a culinária. Bitsat Seyoum abriu um restaurante com seu marido, onde recebe seus conterrâneos e pessoas do mundo inteiro com a comida típica da Etiópia e canta as canções tradicionais de sua terra. Nos últimos anos tem contribuído com projetos universitários voltados para a valorização das diversas comunidades de imigrantes da cidade. Seu trabalho mais recente é o EP Adera Lijen, lançado em 2023.
PLAYLIST:
- Batī/Dēmokirasī mebitishi (Bitsat Seyoum ft. Abebe Fekade)
- Basresagn (Bitsat Seyoum)
- Yichalal (Bitsat Seyoum)
- Enesebaseb (Bitsat Seyoum)
- Getenetu (Bitsat Seyoum)
- Senafekeh (Bitsat Seyoum)
- Adera Lijen (Bitsat Seyoum)
- Alsemen Gba Belew (Bitsat Seyoum)
- Enja Ayemeselegnem (Bitsat Seyoum)
Pesquisa, texto e apresentação: Daniel do Amaral
Trabalhos técnicos: Marinho Magalhães